quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Além de cigarro, bronzeamento artificial, JOGOS OFENSIVOS estão na berlinda também.

Segue parte da notícia:

"SÃO PAULO - Uma comissão no Senado aprovou uma proposta de lei que tornará crime vender, importar e distribuir jogos considerados ofensivos ´aos costumes e tradições´ brasileiros.





O projeto foi escrito pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO) e equipara vender jogos violentos ou que contenham conteúdo ofensivo ao crime de preconceito, cuja pena varia de um a três anos de prisão."


Pois bem.

Já proibiram o cigarro, já pribiram o bronzeamento artificial, e agora me aparecem com essa notícia.

Vamos torcer para as múmias do senado terem uma noção bem clara do que é ofensivo.

Não sou contra a proibição de alguns jogos, como por exemplo o RAPELAY, que se não me engano surgiu no Japão, em que o objetivo do jogo é estuprar mulheres. Se elas engravidarem, você perde pontos. Se você conseguir fazê-las abortar, você ganha, e assim por diante. (No youtube tem algumas matérias sobre o jogo, é só procurar). Isso é ofensivo e repulsivo. Esse tipo de coisa deve, sim, ser proibida.

Agora eu tenho certeza que vão apelar para jogos como Grand Theft Auto, em que você controla um homem e ele sai por aí matando gente na rua, roubando carros, atropelando pessoas, pagando por sexo. Tudo o que estamos acostumados a assistir nessas porcarias de filmes que passam na televisão.

Mas, claro, esses senadores senis vão taxar isso de violento. De ofensivo. De uma agressão à moral e bons costumes da sociedade brasileña.


Sinceramente?

Agressão à essa palhaçada toda são essas novelinhas ridículas principalmente da rede Globo em que é uma pegação do começo ao fim, aquelas cenas de putaria, aquelas broacas balzaquianas se estapeando por qualquer motivo, aquele vuco-vuco. Inclusive, devo acrescentar que Malhação é uma agressão ao nosso bom senso e inteligência, fazendo os jovens acreditarem que homens de 35 anos se passam por adolescentes de 16 a 18 anos. E que todo mundo sai pra beber suco em vez de cerveja. E que todo mundo fala gírias ultradescoladas (not) como "pela-saco". Mas não vamos entrar nesses méritos.


Mais uma vez, a proibição desses jogos é mais uma imposição autoritária que põe em risco nosso poder de escolher o que é e o que não é bom pra nós.

Eu compro jogos sabendo o que vou encontrar ao ligar o console (consolE, e não consolO). Eu escolho ser bombardeada com imagens violentas. Se eu me ofendi, é porque eu quis.

Uma mãe ou um pai que vai dar um jogo pro filho tem o DEVER de pesquisar antes do que se trata o jogo. E daí sim decidir se dará ou não, de acordo com a sua própria "moral". E não adianta argumentar que mimimi num tem onde pesquisar pois sites ótimos como o Uol e o Terra fazem análises do jogo, apresentam sinopses e se bobear tem até a indicação de faixa etária.

Sim, porque todos os jogos tem uma indicação de faixa etária na capa. Bem como as novelas, que passam antes aquela faixa escrita "Não indicado para menores de X anos". E antes do jogo começar aparece BEM grande na tela essa indicação, ao contrário da televisão, que bota uma faixinha vagabunda pras pessoas lerem (e os analfabetos, como ficam? Aaaah, aposto que nisso eles não pensaram. Engraçado que analfabeto geralmente é pobre, e pobre tende a assistir mais televisão do que jogar videogame, até porque os consolEs são caros e pra se jogar videogame, bem... precisa de uma televisã).

Moral por moral e bom costume por bom costume, é mais uma palhaçada hipócrita que esse circo do senado vai fazer a gente engolir.



"Jogos ofensivos".

Mimimi.



Blá, blá, bçá whiscas sachê, hoje tô inspirada, beijos.
 

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